quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Tudo nessa vida é merecimento

Eu disse, mais um contra-ataque e a vitória seria nossa. Bem, não menti. Eu nunca passei por momentos tão bons e perfeitos como no último final de semana. Tudo que eu planejo por muito tempo, dá errado. Meu namorado ficava falando "pára de criar expectativas, se der errado, você vai se decepcionar". Confesso que tentava manter os pés no chão, mas na minha mente, eu ainda criava aquela fantasia linda de poder entrar por aquela porta e dar o abraço que eu esperei tanto tempo pra dar. No sábado, tudo, tudo mesmo, deu certo, do começo ao fim. Quando cheguei de viagem, fui logo ligando pra Isah, eu tava louca pra ver aquela menina com quem eu amava passar horas e mais horas conversando e fazendo planos pro dia tão especial. Quando ela entrou pela porta do hotel, eu sentia uma coisa tão boa e bonita, aquela sensação de que ali na sua frente está a pessoa com quem você pode contar a qualquer hora. O abraço que eu dei nela, eu nunca recebi de nenhum amigo meu, era uma coisa tão linda e sincera que dá até aperto quando lembro. Eu queria ficar ali conversando com ela, queria contar tudo que tava sentindo, a minha ansiedade pelo dia seguinte e o quanto eu estava feliz em estar ali com ela, logo com ela, no final de semana que seria tudo pra mim. Fui dormir não querendo, queria que a noite virasse dia logo só pra ser O dia. Acordei super cedo e já comecei a me arrumar. Foi uma coisa surreal tomar café ao lado de gente famosa, de gente importante. Mais surreal ainda é quando um artista vai até onde você está e começa a te paquerar. Fiquei meio pasma com isso e confesso que ri disso depois. Pelo menos dia 13 tenho credencial pro show! Fui para o hotel onde o Nx Zero estava hospedado. Sabe, eu tenho o incrível costume de esquecer todos os momentos bons que eu vivi, eles viram apenas borrões, imagens distorcidas na minha mente. Mas aqueles poucos segundos não saem da minha cabeça. Ver o Diego, a minha paixão de 3 anos, passando na minha frente, me olhando nos olhos, foi uma coisa que NUNCA vou esquecer. Eu fiquei sem reação alguma, só sabia olhar pra ele, que é tão lindo *-* Nisso, a Isah viu que eu estava paralisada e resolveu gritar que eu o amava. Ele olhou pra trás e voltou só pra pegar na minha mão. Ficou segurando-a forte e me olhando de uma forma linda. Depois disso, eu não queria mais nada. Uma hora, uma menina disse que eles estavam na piscina e eu e a Isah entramos no hotel. A Isah começou a fazer coração pro Fi e o Di me mandou um beijo e mergulhou na piscina, fazendo baleia branca (quem é realmente fã, sabe o que é isso). À noite, fomos ao show e conseguimos (com MUITA dififculdade e conversa) entrar no camarim. O Diego me olhava na fila e ficava sorrindo. Quando entrei, ele me olhou e sorriu, começou a falar de uma menina que tinha acabado de sair. Eu abracei ele apertado e parecia que ele estava mais nervoso do que eu, pois não sabia como iria me abraçar. Palavras sussurradas ao ouvido e ver os olhos dele brilhando enquanto falava comigo dão um nó na garganta toda vez que essa imagem vem à minha cabeça. Eu nunca queria sair dali, queria ficar olhando pra ele, vendo o meu rosto nos olhos dele, sentir o perfume dele, escutar ele me chamando de linda e amor, ficar ali, abraçada e mais nada. Quando saí do camarim, eu não sentia o chão, eu não tremia, eu não chorava, eu não sorria, simplesmente ficava andando sem rumo. Até quando a Isah pula em cima de mim gritando "a gente realizou o nosso sonho, puta que pariu!". Essas palavras ficaram batendo na minha mente até a hora que eles começaram a cantar Bem ou Mal com o Tulio Dek, que eu também conheci. Ver eles no palco, aqueles caras que eu converso no msn e tive a chance de conhecer pessoalmente fez a minha ficha cair. Cara, tudo que eu quis nos últimos 3 anos, eu consegui em um dia. Meu amor platônico na minha frente, de alguma forma me correspondeu e foi exatamente na parte "a inveja que mata não me afeta mais, pois o que conquistei tem o direito de ser meu" a ficha caiu. Eu só coloquei as mãos no rosto e tive uma crise de choro por alguns segundos. Nisso, começo a pular e gritar como nunca fiz antes. Esqueci de toda a dor que estava sentindo, do quanto meus pés estavam inchados de tanto ficar em pé, esqueci do quanto estava fraca, pois não comia há dois dias. Eu só estava ali, vivendo intensamente cada palavra daquela música que foi o hino durante a jornada. Quando o Diego apontou pra mim durante o refrão de Entre Nós Dois, eu me senti mais do que realizada. Eu não queria mais nada, só aquilo me bastava. Durante a viagem de volta, eu estava ouvindo a música Tudo Passa, do Tulio com o Diego e me lembrei da galera que estava na porta do hotel cantando o refrão e eu só tinha a imagem do Tulio em cima do carro, sorrindo, emocionado em ver aquilo e começou a cantar "então se ligue, busque felicidade, pra existir história, tem que existir verdade". Esse post não é pra fazer raiva em ninguém, aliás, esse post é pra dar um pouquinho mais de fé em quem duvida dos sonhos. Não exite em sonhar alto, não exite em tentar o máximo que puder, custe o que custar. O final é sempre tão gratificante e as memórias e a sensação que a gente traz depois que tudo acaba, não tem preço. Você se pega em outra dimensão, vivendo tudo aquilo de novo, você sente cheiros, toques, sentimentos, tudo outra vez. Lembrem-se da letra de Tudo Passa quando tudo começar a dar errado. É super verdadeira.

"Numa estrela cadente o sonho se faz presente no compasso do batuque de um coração doente. A fera tá ferida, mas não tá morta. Deus fecha a janela, mas deixa aberta a porta. Então se ligue, busque felicidade, pra existir história, tem que existir verdade".

Acredite, nunca desista ou tema.

Xoxo :*

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Finally, my dreams are comming true!

Ando tendo a sensação mais gostosa do mundo ultimamente. A espera está acabando, os 112 dias viaram apenas 12, os três anos de espera viraram menos de duas semanas e a cada momento, o coração aperta mais. A ansiedade, os planos, a alegria, a sensação de que se venceu todos os problemas... Não existem palavras pra expressar tudo que anda passando na minha cabeça. Foram 4 meses de muita batalha, muito choro, muita economia, muita oração, mas a gente tá aqui hoje, firme e forte! Mas a guerra ainda não está vencida. Só mais um contra-ataque e a vitória é nossa. É, Vitória é nossa ;)

See ya in 12 days!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Make a wish and disappear

É estranho o quanto os nossos sonhos refletem o que a gente quer pra nossa vida. Ontem durante uma conversa com uma amiga de faculdade, estive comentando que eu seria muito mais feliz se eu trabalhasse exclusivamente com música ou qualquer coisa que envolva esse meio, como fotógrafa, figurinista, essas coisas. E essa noite eu sonhei que eu era staff em um grande evento de música e ficar correndo de um lado para o outro atendendo aqueles músicos, apressando-os a se preparar, gritar com a equipe, como a pessoa que entregou as frutas na hora errada, isso sim me fazia feliz. E claro que eu fiquei muito mais feliz em bater uma foto do Adam Levine e pedir pra ele fechar o show com This Love e trocar uma idéia com o Di Ferrero sobre o próximo show que nós iríamos fazer. Ah, como a vida seria mágica! Mas eu também sei que pra que eu consiga realizar meus sonhos, eu não posso ficar aqui, eu tenho que procurar minha felicidade em outro lugar, em outra cidade ou outro estado. Ninguém sabe o quanto eu fico feliz quando uma banda me vem pedir conselhos sobre alguma música que fizeram ou gravaram, é bom ser reconhecido quando você aprende uma coisa desde que era pirralho, essa é a consequência em crescer numa família onde todos, sim, todos os membros são músicos. E a maior felicidade é quando essa banda segue o meu conselho e a música fica extremamente foda. Inclusive, o nome desse post é o nome de uma das músicas de uma dessas bandas. Os caras tem tudo pra fazer um sucesso imenso, talvez mais sucesso que muita banda que tá na mídia. Os caras vão mixar o cd em LA (sim, LA, a Cidade dos Anjos) e eu tô aqui, torcendo por eles, torcendo pra que tudo dê certo e eu quero vê-los daqui uns tempos na MTV, ganhando um prêmio no VMB, porque o som é bom, galera. É por isso que eu falo, procurem ouvir mais bandas independentes, tem muita coisa melhor que o que está fazendo sucesso hoje. Às vezes me assusta quando vejo músicas como "Dança do Créu" entrando pra lista das mais pedidas; me assusta saber que a vulgaridade tem mais espaço hoje do que uma música que realmente expressa um sentimento, não só o amor, mas qualquer sentimento. E eu espero fazer parte disso, eu espero fazer parte das pessoas que queiram mudar de alguma forma a imagem do mundo aos olhos de muita gente. O mínimo que eu posso fazer é levar a alegria através da música ou da fotografia, mas pra isso, preciso ir embora. Então, eu faço aqui o meu pedido e desapareço para realizá-lo.
Xoxo.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Então tá, vamos falar de música.

Como já não é novidade para nenhum de vocês, eu sou uma grande fã de música. E além disso, fã assumida de Nx Zero, mas não fã alienada. Como também já é conhecimento de vocês que são ligados aos eventos músicais, na última quinta feira aconteceu a maior premiação da música brasileira, o Video Music Brasil (VMB), produzido pelo primeiro canal de música no nosso país, a MTV. Como já era de se esperar, o Nx Zero levou pra casa todos os prêmios no qual estavam concorrendo e isso levantou muitos pontos. Surgiram comentários que a gravadora pagou a MTV para forjar os votos e fazer com que o Nx Zero levassem todos os prêmios pra casa, os Fresnéticos, fãs da banda Fresno se preferirem, ficaram indignados por não ganharem nada, a frase do Di Ferrero ao agradecer o prêmio de melhor Artista do Ano com seus companheiros de banda "Emo é o caralho".
Mas vamos começar pelo começo.
Marcos Mion deu um show à parte, como sempre faz. Ninguém pode negar que o cara é foda, que ele sabe levar a platéia e, como o próprio disse em seu blog, é difícil demais dar conta de um público como aquele, e ao vivo! Imprevistos acontecem e o cara tem que se virar ali na hora e só de estar em um palco, por mais que já esteja acostumado com ele, já é uma responsabilidade e tanta. Quem já esteve em um palco em frente uma platéia, sabe do que eu estou falando.
Primeiro show da noite, Ben Harper e Vanessa da Mata, nem preciso falar também. O hit "Boa Sorte/Good Luck" emplacou nas rádios e o clipe passava a todo momento na VH1 e na MTV, recebeu várias indicações e tudo mais. Foi um ótimo show. Primeiro prêmio de Clipe do Ano foi para o Nx Zero, com "Pela Última Vez". Pra mim, o clipe foi bom, é engraçado, simples e a música já é boa por si. Na minha opinião é a melhor música do segundo cd do Nx Zero (sim, segundo cd.). Marcelo Adnet e seu companheiro Kiabbo sempre engraçadíssimos. Não posso deixar de comentar a interação do público com as escolhas ao longo da premiação por votação no site e na própria platéia.
Um outro ponto que quero levantar é o total FIASCO da apresentação do grupo inglês Bloc Party. Que porra foi aquela? O cara entra num palco totalmente bêbado, faz um playback super mal feito, onde só o baixista se preocupava em tentar ao menos disfarçar o que estavam fazendo, o vocalista cai na platéia, dá vexame e assim o Bloc Party encerra sua apresentação ao som das vaias do Credicard Hall. E meu ídolo master, Marcos Mion, entra falando "Quem sabe faz ao vivo.". Nem mesmo Selton Mello foi tão feliz em uma declaração (vide o ocorrido no VMB onde o som deu problema e Caetano Veloso reclamou) como nosso querido humorista/apresentador/crítico o fez. Outro momento infeliz do VMB foi a falha durante a entrega do Web Hit onde a música começou a rolar antes dos apresentadores da categoria, Mallu Magalhães e Paulo Miklos, anunciarem o grande vencedor, a "Dança do Quadrado".
O show da Pitty com Cascadura foi ótimo, homenageando os Rolling Stones e os Beatles, maiores influências para as bandas de rock da atualidade. Confesso a vocês que quando o Bonde do Rolê entrou, pensei em mudar de canal, pois sabia que era funk e não queria ver uma apresentação que poderia parecer um baile funk das favelas do Rio de Janeiro. Nem preciso falar que tive que me redimir e assumir que foi o show que me fez levantar da cama e começar um batuque e uma dancinha improvisada. Agora eu sei porque os caras fazem sucesso na gringa; o ritmo bem brasileiro, as letras engraçadas (tá, eu sei que eles nem sabem o que significa) e a performace um pouco além do normal são os ingredientes perfeitos para um sucesso.
Vamos para o fim do VMB, onde o Nx Zero ganhou melhor Artista do Ano. Marcos Mion começa tirando um sarro com a comemoração do grupo no VMB do ano passado, falando sobre o judeu punk (Dani, baterista) carregando o pequeno emo (Gee, guitarrista e backing vocal). Para quem não entendeu o comentário que ele fez disfarçadamente ao citar que os caras são como uma família foi para tirar aquele velho conceito de que banda é profissão e que os caras não precisam ser amigos. O Nx Zero faz sucesso por isso, por serem, antes de uma banda, amigos e por referirem aos fãs como uma família. Jogada de marketing? Se for, parabéns, está dando certo. E mais uma vez, eles ganharam. Di, ao subir ao palco, cita a frase da noite. "Emo é o caralho" foi a frase mais comentada durante todo o fim de semana, em todas as comunidades da banda no orkut, nos blogs, fotologs, msn, tudo. Claro, o que colocou o Nx na mídia foi o movimento emo que estava no auge no ano retrasado. ANO RETRASADO! Das bandas que apareceram naquela época, as únicas que ainda estão ai é o Nx Zero e a Fresno. Podemos concluir que o movimento emo acabou e por algum motivo, os caras conseguiram passar por essa moda. Tudo bem que a declaração foi meio infeliz e desnecessária, aliás era uma noite pra celebrar, comemorar mais um ano de trabalho e sucesso, mas enfim. Encerrando os shows, Fresno e Chitãozinho e Xororó. A melhor reunião que o projeto Estúdio Coca Cola Zero pode fazer; os caras deram um show à parte e a música "Evidências" é um clássico da dupla sertaneja e com os solos de guitarra da banda de Lucas não podia sair nada além do melhor show da noite. O hit criado pelo humorista Marcelo Adnet, Furfles Feelings, encerrou o VMB com o ar de comédia. Definitivamente o melhor VMB da história, talvez pelo ar de VMA que ele teve, ou pela premiação que a cada ano recebe um toque especial.
Parabéns à MTV, parabéns ao Marcos Mion e pelos vencedores.
E que venha o VMB 2009!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

20 Candles

Eu aparento ser uma pessoa bem segura, que não liga pra opiniões alheias, mas eu não sou assim. Sou a pessoa mais insegura do mundo; tenho vergonha de falar em público - a hora da morte pra mim é ter que apresentar algum trabalho na faculdade - e às vezes tenho medo de ser esquecida. Eu me lembro de sair e não andar 10 metros sem encontrar um conhecido, chegava ao ponto da minha mãe desistir de sair comigo por me achar "popular demais" e atrasar as compras dela. Mas acontece que nem todos os conhecidos são amigos e do jeito que vieram, foram embora e com o início da aula eu me afastei inclusive desses que ficaram. Hoje é o dia de separar quem realmente liga e quem não liga pra mim. Assumo que tive um sonho semana passada em que ninguém se lembrou do meu aniversário e aquilo me fez muito mal e acordei com medo disso realmente aconteceu, mas fico feliz em falar que acabei de responder mais de 600 recados de "Parabéns", "Feliz Aniversário", "Tudo de bom!". É a dor mais gostosa de se sentir. Mas o número não é importante, o importante são as pessoas que escrevem esses recados, é cada abraço, cada telefonema, isso sim, me importa. Infelizmente não pude ver algumas pessoas, mas as lágrimas que caíram aqui foram as mais sinceras. Agradeço mais uma vez cada recado no orkut, cada postagem em Fotolog (Renan e Isah, vocês são FODAS!), cada telefonema... Cada tudo! Confesso que fiquei surpresa com o número de pessoas que lembraram de mim. Até fiquei com dó de apagar dois recados que eu recebi (sim, da Isah e do Renan), pois sei que esses foram os mais sinceros de todos, não que eu esteja desmerecendo os outros, mas foram os que mais me tocaram, principalmente o do Renan e o que ele escreveu no Fotolog. Esse pode ter sido o único aniversário sem festa, o mais tumultuado, o mais atrapalhado, o mais cansativo, mas, uma coisa é fato, foi o mais especial. Obrigada à todos vocês.

You know you love me.


Eu escrevo,
Apago.
Escrevo, apago...
Os pensamentos se misturam
E eu não consigo terminar isso.
Tantas coisas já vivemos,
Tantos acontecimentos marcados...
Marcados em minha memória,
E você aqui no peito! (L)
Te amo Juh!
Parabéns, e eu te desejo tudo do melhor.
Beeijo \o/

Por Renan R.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Never Surrender.

Convivemos com a morte todos os dias. Temos aquela imagem que é só gente idosa que morre, mas é estranho quando alguém da sua idade morre. Há dois anos atrás um amigo de infância morreu afogado em Florianópolis. Foi estranho quando minha mãe me acordou e disse "Ju, o Dudu morreu afogado ontem, até agora não acharam o corpo dele.". Eu me lembro de ter levantado, sentado na cama e falado "Nossa, coitado.", mas a ficha só foi cair quando vi a casa dele vazia. E a ficha caiu mais ainda quando teve o velório e vi todos os meus melhores amigos na beira do caixão em prantos. Gente que eu nunca imaginei que iria ver chorando estava ali, abraçada comigo, chorando sem parar, esperando alguma palavra de consolo. E eu não conseguia falar nada. Eu não conseguia chorar, não conseguia falar nada, estava tentando processar tanta informação. Até hoje eu não consigo processar a idéia de que o Dudu está morto. Eu já perdi pessoas antes, perdi um tio que eu adorava há três anos atrás, mas eu meio que já estava preparada, aliás ele tinha câncer em um estágio avançado e nesses casos a gente já está preparado pro pior e como eu disse antes, é mais "normal" a morte de pessoas mais velhas. Mas hoje eu tive uma surpresa que não gostaria de ter tido. Entrei no meu perfil fake e vi um amigo que não via há tempos conectado e fui logo falar com ele. Achei estranho entrar no scrapbook e ler tantas mensagens de "vai com Deus". Teria ele se deletado? Em menos de um minuto, caiu a bomba. A mãe dele me respondeu. Falou que o filho dela havia morrido no último dia 18,vítima de câncer. Na mesma hora, caí em prantos. Ora, ele nunca havia comentado que estava doente! Eu adorava conversar com ele por horas e horas e horas. O mundo fake tem uma vantagem: você joga, vive coisas que nunca pode viver e com quem você quiser viver; se não estiver afim, é só ignorar a pessoa. Mas com ele era diferente. Da primeira vez que conversamos, ele me passou uma coisa que eu nem consigo explicar. Era uma paz absurda, eu tinha certeza que eu podia ficar ali, conversando com ele e matar aula, eu não queria sair do Orkut. E quando li a frase "ele faleceu" meus olhos pararam nessas duas palavrinhas. Ele faleceu. Quando eu vi as fotos do off (pessoa que é dona do fake) eu me espantei. Meu Deus, ele deve ter a minha idade! Era um rapaz lindo, estava feliz em todas as fotos... Não aguentei aquilo e fechei a janela. Às vezes me pego pensando em tudo que a gente conversou, no que a gente já passou e não dá pra acreditar. Eu nem sabia que ele estava doente! O choque foi imenso e até agora eu não acredito no que aconteceu. Mas eu sei que ele está num lugar muito melhor e que lá de cima vai olhar por mim e por todas as pessoas que eram especiais pra ele. Que Deus console a família dele.


Gui, por mais que eu nunca tenha te falado e agora seja um pouco tarde, você ainda é especial pra mim. Vai com Deus.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Cedo ou Tarde

Algumas pessoas têm tudo, mas sempre querem mais; outras têm o suficiente e acham que só isso basta; outras têm tudo, mas sentem que algo está faltando. E eu me encaixo no último grupo. Minha vida não poderia estar melhor: tenho uma família linda, um namorado formidável, os melhores amigos do mundo e nunca estive tão bem nos estudos, mas uma coisa anda faltando. Hoje eu tive a maior decepção do ano (não vou falar da vida porque ainda tenho muito a viver e, conseqüentemente, muitas decepções pra ter); queria muito ter ganhado a única coisa que me falta. Vou explicar. Estava rolando uma promoção numa rádio famosa em que uma pessoa iria ganhar um iPhone e um dia em qualquer lugar do país com o grupo musical que eu sou apaixonada. Não sei quantas vezes coloquei meu nome naquele treco, mas foram mais de 100 vezes. A manhã inteira fiquei fazendo os planos de como seria se eu ganhasse essa promoção; pensei nas coisas que eu faria, que eu falaria, nos gestos; pensei na roupa que eu iria usar e nas músicas que iria colocar no ipod pra relembrar do dia mais lindo da minha vida durante a viagem de volta pra casa; pensei em todas as coisas, calculei tudo na minha cabeça. Lembrei dos sonhos que eu tive em que eu conhecia os caras durante todo o almoço e quando decido entrar no site pra colocar meu nome de novo... A relação dos vencedores. Isso doeu fundo. Eu não sabia se xingava, se chorava ou se ficava quieta. Eu esqueci de planejar a minha reação caso eu perdesse a promoção. E horas depois, lendo os tópicos de revolta, comecei a chorar. Eu nem tô preocupada com o iPhone! Minha companhia de celular vai vender iPhones pra clientes antigos por R$500 e já é o meu presente de Natal, mas o que a minha companhia de celular nem meus pais podem me dar é a companhia das pessoas que têm sido especiais pra mim nos últimos 2 anos. Eu quero algo que não posso pegar, não posso tocar; quero algo que nem fotos nem filmagens possam registrar, não quero o bem material. Eu quero o presente sentimental, a sensação de felicidade que ninguém pode me tirar. Mas eu sei, que cedo ou tarde a gente vai se encontrar...

domingo, 6 de julho de 2008

Eu não abandonei isso aqui, só estou aproveitando as minhas tão merecidas férias =D
Quando eu estiver com um tema bacana na cabeça, eu volto a postar.
Enjoy winter break, kids!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

You Only Live Once

"Me acalme,me cale, eu vou me acalmar e vou me entender com você."
You Only Live Once - The Strokes

Pra mim, essa é a melhor música do The Strokes. Eu realmente não consigo entender porque existe o ódio e a raiva. Não vou fazer aqui um manifesto a favor da paz, não é meu objetivo aqui hoje. Eu vou contar uma história interessante que me aconteceu. No início do ano, eu conheci uma pessoa por orkut. A gente ficou muito amigo, conversávamos todos os dias, por telefone, msn, orkut ou sms. Por alguns problemas, a gente brigou. É, me deletou do orkut, o msn continua lá e às vezes (na verdade, sempre) me dá vontade de conversar com essa pessoa, mas pra quê? Eu sei exatamente as palavras que eu vou ler depois que eu mandar alguma mensagem e eu sei que nada vai ser como antes. Mas às vezes você precisa de pessoas que você nunca pensou que iria sentir falta. O meu post anterior também foi sobre amizades e esse também é sobre amizade. Mas esse tal amigo não era só um amigo, era um irmão. Era pra ele que eu contava tudo que me acontecia, eu podia me abrir, contar todos os meus podres e as minhas verdades que eu sei que ele ainda seria meu amigo. Eu podia ser eu mesma, sem me preocupar com nada. Desde ontem, depois de toda a minha reflexão pra fazer o post, me deu uma vontade imensa de falar com ele "olha, eu sinto a sua falta, eu sei que você sente a minha também. Você é um ótimo amigo, você vale a pena. Vamo deixar o orgulho de lado e parar com essa babaquice de raiva.", mas ele não entrou no msn. E eu espero que hoje ele entre, porque eu vou deixar o link do blog pra ele e pedir pra ele entrar. E eu espero que ele leia cada uma dessas palavras e acredite que todas elas vieram do fundo do meu coração, porque realmente vieram. Então pra que esse ódio, essa raiva toda? Como você mesmo sabe, meu amigo, a gente só vive uma vez.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Faded Memories

Acordei hoje como em todos os outros dias. Olhei pela janela e o céu nublado e o vento frio pediam pra eu continuar na cama, é melhor. Mas, no mesmo instante a porta do meu quarto se abriu e minha cadelinha pulou na cama e não tive outra alternativa, a não ser me levantar. Me levantei, peguei minha jaqueta de moletom, coloquei o capuz e fui para o banheiro. Me olhei no espelho e percebi que ainda estava de maquiagem. É, até parece que eu vou chegar tarde em casa e retirar a maquiagem, ainda mais com a água gelada, então prefiro dormir de maquiagem e envelhecer 10 anos. Enquanto eu me olhava no espelho, minha cabeça voava e me lembrava de pessoas, situações, sentimentos, cheiros e toques que nunca irão voltar e que eu nunca vou me esquecer. O que é mais interessante é que eu nunca deixo de citar tais momentos como os mais intensos e bonitos da minha vida. É incrível como as coisas mais maravilhosas acontecem quando você mais precisa! Eu sinto falta das pessoas que conviviam comigo, sinto falta das risadas mais escandalosas, das aulas chatas e das pessoas, mesmo insuportáveis, que estudavam comigo. Ainda ontem estive recordando do meu baile de formatura. As pessoas dançando e bebendo e eu sentada numa mesa olhando aquilo tudo e pensando se aquele momento iria acontecer alguma outra vez, se aqueles amigos ainda seriam amigos, mesmo depois do abraço e do choro que me fez chorar também enquanto tentava dizer "a gente nunca vai ser um estanho, mesmo longe, isso aqui vai ser pra sempre". O que aconteceu é que hoje, pessoas que disseram coisas tão lindas e que passaram mais da metade da sua vida até agora, te tratam, sim, como um estranho. Como dizem os mais velhos, vivendo e aprendendo. Hoje eu sei que de promessas o inferno tá cheio, e que não espero mais nada de ninguém. É melhor sermos secos e insensíveis do que nos apegarmos e depois, com uma simples barreira, sermos abandonados. Dessa época, só existe uma pessoa, sim, uma pessoa que eu continuo amando, intensamente, que eu ainda tenho contato e que eu sei que, mesmo daqui 30 anos, vou continuar amando. O mais interessante é que essa pessoa sempre morou longe, nunca ao menos ouvi a voz (quer dizer, "gravando, vai!" é algo, mas vocês entendem o que eu quero dizer) e ainda assim é a pessoa mais importante da minha vida. É claro que depois dele vieram muitos amigos, muitas pessoas, mas ele é especial. Sim, pensei isso tudo enquanto me olhava no espelho. Depois que escovei os dentes e lavei meu rosto, me lembrei que precisava de estudar. E então me vi entre livros e artigos de professores super graduados, olhei para o céu nublado de novo, e ,mesmo depois de todos os pensamentos ruins sobre a minha época, me deu vontade de voltar no tempo. Eu me tornei essa pessoa com sonhos que nunca serão realizados, que nunca faz o que tem vontade de fazer, que nunca tem ao menos coragem de enfrentar um problema. Ora, eu sei que o minha vida dos sonhos não é nada comum, mas seria a minha felicidade completa. Sabe aquele filme que você assiste onde tudo é tão perfeitinho, tão bonitinho e tão armadinho que chega até ser enjoativo? É, essa é a minha vida. Eu queria coisas novas, eu queria sair em um ônibus em turnê com uma banda que ninguém conhece, viver situações inusitadas, conhecer pessoas e culturas exóticas. Tenho certeza que assim eu iria viver intensamente e seria a pessoa mais realizada do mundo, mesmo sem uma faculdade, mesmo sem um emprego de R$10.000, mesmo sem toda essa idéia de sonho americano. Mas, fazer o que? Ainda estou aqui, em meio de livros e mais livros, ao lado, uma xícara de café (o que se tornou um vício no último ano, já que o cigarro já foi pro brejo) e uma idéia de ser uma cirurgiã. Aliás, hoje em dia a gente não vive sonhos, a gente, infelizmente, vive de idéias que outros inventam e impõem. E quem disse mesmo que a gente tem livre arbítrio? Não sei, eu não o tenho.