sexta-feira, 11 de julho de 2008

Never Surrender.

Convivemos com a morte todos os dias. Temos aquela imagem que é só gente idosa que morre, mas é estranho quando alguém da sua idade morre. Há dois anos atrás um amigo de infância morreu afogado em Florianópolis. Foi estranho quando minha mãe me acordou e disse "Ju, o Dudu morreu afogado ontem, até agora não acharam o corpo dele.". Eu me lembro de ter levantado, sentado na cama e falado "Nossa, coitado.", mas a ficha só foi cair quando vi a casa dele vazia. E a ficha caiu mais ainda quando teve o velório e vi todos os meus melhores amigos na beira do caixão em prantos. Gente que eu nunca imaginei que iria ver chorando estava ali, abraçada comigo, chorando sem parar, esperando alguma palavra de consolo. E eu não conseguia falar nada. Eu não conseguia chorar, não conseguia falar nada, estava tentando processar tanta informação. Até hoje eu não consigo processar a idéia de que o Dudu está morto. Eu já perdi pessoas antes, perdi um tio que eu adorava há três anos atrás, mas eu meio que já estava preparada, aliás ele tinha câncer em um estágio avançado e nesses casos a gente já está preparado pro pior e como eu disse antes, é mais "normal" a morte de pessoas mais velhas. Mas hoje eu tive uma surpresa que não gostaria de ter tido. Entrei no meu perfil fake e vi um amigo que não via há tempos conectado e fui logo falar com ele. Achei estranho entrar no scrapbook e ler tantas mensagens de "vai com Deus". Teria ele se deletado? Em menos de um minuto, caiu a bomba. A mãe dele me respondeu. Falou que o filho dela havia morrido no último dia 18,vítima de câncer. Na mesma hora, caí em prantos. Ora, ele nunca havia comentado que estava doente! Eu adorava conversar com ele por horas e horas e horas. O mundo fake tem uma vantagem: você joga, vive coisas que nunca pode viver e com quem você quiser viver; se não estiver afim, é só ignorar a pessoa. Mas com ele era diferente. Da primeira vez que conversamos, ele me passou uma coisa que eu nem consigo explicar. Era uma paz absurda, eu tinha certeza que eu podia ficar ali, conversando com ele e matar aula, eu não queria sair do Orkut. E quando li a frase "ele faleceu" meus olhos pararam nessas duas palavrinhas. Ele faleceu. Quando eu vi as fotos do off (pessoa que é dona do fake) eu me espantei. Meu Deus, ele deve ter a minha idade! Era um rapaz lindo, estava feliz em todas as fotos... Não aguentei aquilo e fechei a janela. Às vezes me pego pensando em tudo que a gente conversou, no que a gente já passou e não dá pra acreditar. Eu nem sabia que ele estava doente! O choque foi imenso e até agora eu não acredito no que aconteceu. Mas eu sei que ele está num lugar muito melhor e que lá de cima vai olhar por mim e por todas as pessoas que eram especiais pra ele. Que Deus console a família dele.


Gui, por mais que eu nunca tenha te falado e agora seja um pouco tarde, você ainda é especial pra mim. Vai com Deus.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Cedo ou Tarde

Algumas pessoas têm tudo, mas sempre querem mais; outras têm o suficiente e acham que só isso basta; outras têm tudo, mas sentem que algo está faltando. E eu me encaixo no último grupo. Minha vida não poderia estar melhor: tenho uma família linda, um namorado formidável, os melhores amigos do mundo e nunca estive tão bem nos estudos, mas uma coisa anda faltando. Hoje eu tive a maior decepção do ano (não vou falar da vida porque ainda tenho muito a viver e, conseqüentemente, muitas decepções pra ter); queria muito ter ganhado a única coisa que me falta. Vou explicar. Estava rolando uma promoção numa rádio famosa em que uma pessoa iria ganhar um iPhone e um dia em qualquer lugar do país com o grupo musical que eu sou apaixonada. Não sei quantas vezes coloquei meu nome naquele treco, mas foram mais de 100 vezes. A manhã inteira fiquei fazendo os planos de como seria se eu ganhasse essa promoção; pensei nas coisas que eu faria, que eu falaria, nos gestos; pensei na roupa que eu iria usar e nas músicas que iria colocar no ipod pra relembrar do dia mais lindo da minha vida durante a viagem de volta pra casa; pensei em todas as coisas, calculei tudo na minha cabeça. Lembrei dos sonhos que eu tive em que eu conhecia os caras durante todo o almoço e quando decido entrar no site pra colocar meu nome de novo... A relação dos vencedores. Isso doeu fundo. Eu não sabia se xingava, se chorava ou se ficava quieta. Eu esqueci de planejar a minha reação caso eu perdesse a promoção. E horas depois, lendo os tópicos de revolta, comecei a chorar. Eu nem tô preocupada com o iPhone! Minha companhia de celular vai vender iPhones pra clientes antigos por R$500 e já é o meu presente de Natal, mas o que a minha companhia de celular nem meus pais podem me dar é a companhia das pessoas que têm sido especiais pra mim nos últimos 2 anos. Eu quero algo que não posso pegar, não posso tocar; quero algo que nem fotos nem filmagens possam registrar, não quero o bem material. Eu quero o presente sentimental, a sensação de felicidade que ninguém pode me tirar. Mas eu sei, que cedo ou tarde a gente vai se encontrar...

domingo, 6 de julho de 2008

Eu não abandonei isso aqui, só estou aproveitando as minhas tão merecidas férias =D
Quando eu estiver com um tema bacana na cabeça, eu volto a postar.
Enjoy winter break, kids!